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sábado, 2 de abril de 2011

Alerj cobra do MEC garantias para deficientes

RIO - A Comissão da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa (Alerj) e representantes de associações de pais e alunos do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e do Instituto Benjamin Constant (IBC) acharam insuficiente a garantia recebida pelo MEC, por meio da imprensa, que o ensino básico nas duas instituições não será extinto . O presidente da comissão, deputado Márcio Pacheco (PSC), quer se encontrar com o ministro da Educação, Fernando Haddad, para pedir uma política de estado que garanta as escolas especiais.

" Não pode ser uma política de governo, mas de Estado. Não duvidamos da palavra do ministro, mas ministro muda "

- Queremos uma postura concreta sobre o não fechamento das duas instituições. Não pode ser uma política de governo, mas de Estado. Não duvidamos da palavra do ministro, mas ministro muda - disse o deputado durante audiência pública ontem na Alerj.

VÍDEO: Aluno da escola de surdos protesta contra fechamento do Ines

LEIA MAIS: Deficientes visuais e auditivos temem possibilidade de perder escolas especiais

Na terça-feira o ministro vai se encontrar com as diretoras do Ines e do IBC. Segundo Solange Rocha, diretora do Ines, no último dia 17 a diretora de Políticas Educacionais Especiais do MEC, Martinha Claret, anunciou que o serviço de Ensino Básico do Ines e IBC fecharia até o fim do ano, como revelou O GLOBO. Os alunos seriam matriculados na rede escolar convencional da prefeitura e do estado no ano que vem. A justificativa era a implementação da "política de inclusão" de alunos com necessidades especiais. Na visão de Martinha, as escolas especiais são "segregadoras".

- É um equívoco falar que a política inclusiva tem que acabar com as escolas especiais. Educação inclusiva é um direto de escolha - argumentou Teresa Amaral, presidente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência, durante a audiência na Alerj.

Na sessão, o vereador do Rio Paulo Messsina (PV) informou que conversou ontem com um representante do MEC. O emissário do ministério teria garantido a ele que as informações sobre fechamento dos serviços não passavam de "um boato surgido de redes sociais". Mas o presidente da associação de pais e alunos do Ines, Antônio Soares de Carvalho Junior, garantiu depois que estava na reunião com Martinha do dia 17 e ouviu dela a notícia sobre o fim das atividades.

- Ficamos atônitos com a informação da Martinha. Tenho dois filhos alunos do Ines e é a terceira vez que existe um movimento para fechar a educação básica no instituto. Sou a favor da cultura de inclusão, mas não dessa forma.

Ontem de manhã, alunos das instituições participaram de uma passeata do Sindicato dos Estadual dos Profissionais da Educação na Candelária.

Hoje, o senador Lindbergh Farias (PT) e o deputado federal Otávio Leite (PSDB) se reúnem com representantes das duas instituições no auditório da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), às 10h30m. O senador disse que falou ontem com o ministro da Educação:

- Ele (Haddad) me garantiu que tudo não passou de um mal-entendido e que irá se encontrar com as diretoras do Ines e do IBC para ampliar as atividades das instituições.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/03/31/alerj-cobra-do-mec-garantias-para-deficientes-924137090.asp

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